por Tânia Soares (texto e edição), Daniela Amorim & Rita Graça
Diariamente, estamos sempre numa correria. Passamos por muita gente sem parar para pensar na sua importância na sociedade. A verdade é que há pessoas que estão escondidas, mas que exercem profissões tão ou mais importantes que muitas outras às quais já reconhecemos valor. O Do Outro Lado falou com algumas delas.
Recorremos muitas vezes a uma costureira quando temos uns ajustes a fazer nas roupas. Quando vamos a um restaurante, esquecemo-nos de que por detrás das paredes que vemos, está um copeiro a certificar-se que o prato nos é servido. E quando não queremos gastar mais dinheiro para comprar um novo par de sapatilhas (ainda mais com a inflação), vamos ao sapateiro. É importante que se fale destas profissões e da sua relevância na sociedade porque elas podem chegar a um fim. Assim, pelo olhar destas pessoas, vamos descobrir como cada profissão é vista e se é reconhecida.
Carregue em cada profissão para conhecer as suas histórias.
A linha que guia o caminho de costureira
Cristina Sampaio trabalha como costureira “desde sempre” e tem o seu espaço em Valongo. Com apenas 10 anos, aprendeu a coser à mão. Atualmente, a mulher acredita que o futuro desta profissão pode não ser o mais promissor. A mulher de 53 anos percebe que o acesso ao Ensino Superior tem aumentado e “não há cursos que ensinam a trabalhar nesta área”, provocando um possível destino da linha: a extinção da profissão.
Uma mão leva um prato, a outra põe-no na mesa
Eduardo tem 19 anos e é copeiro num restaurante perto do Marquês. Para alguns, uma tarefa de desdém, para outros a novidade da profissão. Ao contrário das expectativas, o jovem considera que ser copeiro lhe dá muito conhecimento e lhe abre portas para outras áreas.
Eduardo é responsável da copa e diz que isso envolve “muito mais” do que aquilo que pensamos. O copeiro é também encarregue de ajudar na confeção dos alimentos, de cuidar da cozinha e de “organizar tudo para deixar perfeito para os clientes”.
Por este andar, como será o futuro da profissão de sapateiro?
Ser sapateiro “era melhor antigamente”. Nos dias de hoje, “as pessoas compram mais produtos de plástico, e não de pele”. Isso é mutuamente positivo e negativo para José Silva. Por um lado, acha que a profissão teria chegado a um fim se assim não fosse porque as pessoas preferem “pagar para arranjar, do que comprar outros”. Desta forma consegue manter vivo este ofício na sua pequena loja em São Roque. Por outro lado, entristece o homem de 53 anos a forma como as pessoas descuidam da saúde dos seus pés, “usando qualquer coisa”.
Excelente trabalho, continua tens um bom futuro á tua frente felicidades.
Fico contente por ver bom conteúdo jornalístico a ser produzido. Parabéns!
Dá gosto ver alguma da juventude de hoje em dia ter o gosto e o rigor jornalistico que a comunicação social já teve outrora. Excelente reportagem a expor as dificuldade de profissões que já tiveram melhores dias e bem mais reconhecimento por parte da sociedade.
Gostei muito da reportagem sobre estas profissões com menos visibilidade mas pelas quais tenho tanto carinho!
A rigidez e o gosto jornalístico transparecem em cada palavra ou frame da reportagem. Excelente trabalho, estão de parabéns!
Ansioso por o que está por vir!