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Atrás do cenário: o lado escondido dos espetáculos


Nos concertos, nos teatros, nos espetáculos assistimos a momentos de entretenimento, mas nada disso seria possível sem a ajuda da equipa que se encontra nos bastidores.


João Almeida integrou recentemente a equipa comercial da Decunify e, à parte de ser gestor de conta, é técnico de som. O “bichinho” do som surgiu-lhe quando uma banda brasileira veio a Portugal numa digressão e por “tentativa e erro” foi aprendendo a trabalhar com o som. O técnico de som da banda DNA explica que a principal atividade dos técnicos de som é “afinar o som”.



Da mesma forma que os técnicos de som são fulcrais para a execução de um espetáculo, há que existir alguém a planear tudo. Os produtores têm um papel fundamental na realização do espetáculo.


Marta de Baptista fez o seu Ensino Secundário no curso de Interpretação na Escola da Artes, contudo percebeu que não queria ser atriz, mas sim, “estar por detrás de tudo”. Então, decidiu licenciar-se em Teatro – Especialização em Produção e Direção de Cena. “Queria estar ligada ao teatro, queria estar ligada à arte, estar ligada à cultura”, conta. Isto incentivou-a a concluir a licenciatura neste ramo. Atualmente, é freelancer na área da produção e direção de cena.



Ambos os profissionais concordam que as suas áreas não têm a devida valorização. João confirma que as “pessoas não têm noção da logística envolvida, e a equipa só é destacada se os protagonistas do espetáculo assim a mencionarem”. Marta chega até a ser questionada no que realmente consiste a sua profissão, e até se denomina como uma pessoa “chata”.



Da mesma forma, o técnico e a produtora acreditam que as suas profissões no meio de bastidores começam a ter o seu devido valor, embora a perspetiva de João seja um pouco mais pessimista.


"A maior parte dos bons técnicos formados aqui em Portugal acaba por ingressar em aventuras profissionais noutros países, onde a arte e o espetáculo têm mais mercado".

Embora lamente a situação da área profissional em Portugal, afirma que “há muitos técnicos que cruzam várias bandas, trabalham com várias bandas diferentes, porque sem dúvida não há muita mão de obra.”.


Por outro lado, Marta explica que as “diferentes áreas do teatro, desde interpretação, cenografia, figurinos, direção de cena e produção, luz e som se juntam com o objetivo de perceber exatamente o que é que é da área faz e, inclusive, experimentar o que é que cada área faz.”. Além disso, considera que os próprios profissionais de bastidores reconhecem a importância de cada uma destas áreas .


"Esta é a minha função, essa é a tua função, portanto, eu sei qual é a tua função, eu sei qual é a minha, portanto, vamos fazer isto acontecer. E é esta junção de todos nós, profissionais, que faz com que a arte e a cultura aconteçam."

Contudo, João acredita que os técnicos de som recém-formados são um excelente impulso para a profissão, uma vez que “estão a par de tudo” sobre a tecnologia associada e “trazem toda a informação mais recente a nível do que é que existe em termos de digital nessa área”.


Marta fomenta que o resultado de um espetáculo sem um produtor seria seriamente afetado, uma vez que há assuntos que podem não chegar a ser tratados. A produtora admite que o espetáculo possa acontecer, mas com “uma desorganização extrema e se calhar, há um conjunto de coisas que não acontecem”.



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